A pesquisa da UNB de 31/05/2010 revelou que as mulheres que abortam no Brasil somam cerca de 5 milhões. Dentre o total de mulheres que declararam na pesquisa já terem feito pelo menos um aborto, 64% são casadas e 81% são mães. “A mulher que aborta é uma de nós. Ela é a sua irmã, ela é a sua vizinha, ela é a sua filha ou a sua mãe”, define Débora Diniz. A classe social não interfere na decisão. Do total de mulheres que abortaram, 23% ganham até um salário mínimo, 31% de um a dois, 35% de dois a cinco e 11% recebem mais de cinco. “Pobres e ricas, todas abortam”, afirma a professora.
Não foram registradas mortes por aborto no Uruguai desde sua legalização |
Atualmente o aborto é permitido por lei em: casos de estupro, risco de morte para a gestante e anencefalia, o aborto inseguro ou clandestino é a quinta causa de morte materna ou pré-natal do país, De acordo com o CFM, “o abortamento é uma importante causa de mortalidade materna no país, sendo evitável em 92% dos casos” e as complicações causadas pelo precedimento representam “a terceira causa de ocupação dos leitos obstétricos no Brasil.
Em 2001, houve 243 mil internações na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) por curetagens pós-abortamento”, não estamos dizendo que este é um procedimento legal, no sentido valorativo. Não estamos falando em apologia. Aliás, quem já acompanhou ou soube de alguma colega, amiga ou familiar, que recorreu ao procedimento, sabe que não se trata disso. A questão é que atualmente milhões de mulheres recorrem ao procedimento e milhares delas morrem. O pior ainda é saber que as mulheres podem ser presas por isso. Se você está lendo este texto e é contra a legalização do aborto, eu pergunto: você é favorável que as mulheres que recorreram a isso sejam presas?
Esta restrição é prejudicial à todas as mulheres, mas sobretudo às mulheres pobres, que diferente das mulheres ricas (que abortam em caras clínicas, com acompanhamento médico e sigilo), têm grande índice de mortes por hemorragia e são o principal alvo de criminalização.
Mundialmente, a legalização do aborto tem sido o meio mais eficaz de diminuir as mortes das mulheres. Uruguay, nosso vizinho, com forte tradição cristã também, descriminalizou o aborto em 2012. Entre dezembro de 2012 e maio de 2013, não foi registrada a morte de nenhuma mulher que abortou de forma regulamentada no Uruguai.
As entrevistas definitivas foram feitas pela Agência Ibope Inteligência, para garantir a imparcialidade do estudo. O método foi responder as perguntas de próprio punho e depositar em uma urna. “Só conseguimos porque garantimos a elas o sigilo”, resume Marcelo. A pesquisa já foi publicada na Revista Ciência & Saúde Coletiva, editada pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva/Abrasco.
As restrições não modificam taxas de aborto, entre países que legalizam e países que não legalizarão o aborto o numero de abortos não obteve mudança significativa nem mesmo entre países desenvolvidos ou de 1º mundo e os ditos 3º mundo.
Fontes
http://www.dn.pt/Inicio/interior.aspx?content_id=648190
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/aborto-mata-250-mulheres-por-ano-no-brasil/n1237620888275.html
http://juntos.org.br/2013/09/por-que-o-aborto-deve-ser-legalizado-no-brasil/
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3404 (Pesquisa da UNB)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livreto.pdf (compilado com 20 anos de pesquisas sobre aborto no brasil)
https://www.youtube.com/watch?v=_L2EiBDGytY
http://www.cfemea.org.br/
https://www.youtube.com/watch?v=iBaSwvdEbpA
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/10/091013_aborto_pu_np.shtml
Para quem quer links mais reaças ou curiosidades
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/05/entre-35-e-39-anos-de-cada-cinco-brasileiras-uma-ja-fez-aborto.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Freakonomics
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