sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O que é Agorismo?

O agorismo é uma filosofia política fundada por Samuel Edward Konkin III que definiu um agorista como um praticante consciente da "contra-economia". O objetivo dos agoristas é uma sociedade na qual todas "relações entre as pessoas são de trocas voluntárias – um livre mercado". O termo vem da da palavra grega "Ágora", um local aberto para assembleias e mercado nas antigas cidades-estados gregas. Ideologicamente, é um termo representando um tipo revolucionário de anarquismo de mercado ou mutualista. A característica que distingue o agorismo das demais formas de anarquismo de mercado é que sua estratégia tem por ênfase a contra-economia, entendida como atividades pacíficas de mercados negros livres do pagamento de impostos.

Os agoristas são uma variedade do Anarquismo Mutualista ou Libertarianismo de esquerda mas é utilizado como prática política por anarcocapitalistas. Os agoristas consideram a propriedade intelectual ilegítima, vêm em suas ideias uma evolução das de Murray Rothbard. Como o mutualismo, o agorismo advoga um "livre mercado anti-capitalista".

A propriedade privada, particularmente a terra, não continuaria infinitamente, e sim se usaria apenas enquanto haja uma capacidade regular para evitar que seja considerada abandonada. Alguns anarcocapitalistas creem que "toda" propriedade deveria ser Propriedade Privada, enquanto os agoristas acreditam que a propriedade coletiva pode ser permitida, assim como a propriedade de "ocupação e uso".

Os agoristas veem as empresas favorecidas pelo governo como um vínculo da ilegitimidade do Estado com muitos desses negócios. Creem que as restrições estatais que limitam a responsabilidade nas empresas corrompem os negócios de tal maneira que os gerentes atuam irresponsavelmente com os Ativos das empresas. Por exemplo, se esses negócios pagam excessivamente aos executivos e não podem resolver dívidas contratuais, muitas leis estatais protegem os salários daqueles que são responsáveis pela bancarrota. Os agoristas afirmam que a responsabilidade não pode desaparecer simplesmente por uma lei governamental e assim os negócios legítimos sempre teriam administradores ou donos que seriam responsáveis de qualquer ação executada.

Os agoristas tendem a se opor aos copyrights e patentes como um monopólio ilegítimo como sustentou Benjamin Tucker. Promovem e sustentam uma reconciliação entre as obras de autores diferentes como Pierre-Joseph Proudhon e David Friedman em parte reconhecendo as diferenças terminológicas, sendo a mais evidente na palavra "propriedade".


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