O Estado e a burguesia, com ajuda das burocracias sindicais (CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CSP-Conlutas, CGT e Intersindical) tentam controlar os protestos. Os governistas (PT-PCdoB) e os patrões saíram a defender o capital nacional e internacional, se colocando contra os protestos e a unificação das lutas das categorias. O PT e os publicitários criaram a palavra de ordem “Vai Ter Copa”. Os para-governistas (PSOL, PSTU) criaram a palavra de ordem Na Copa Vai Ter Luta que marca uma oposição consentida. Dentro da ordem. Disposta a assumir o controle do governo.
Os partidos e centrais argumentam que os trabalhadores são a favor da copa da FIFA e contra os protestos e que, portanto, não se mobiliza. Os setores ligados ao PSOL e PSTU fingem que se mobilizam, numa espécie de luta de telecatch. Os dois partidos fizeram de tudo para que a campanha ”Não Vai Ter Copa” não chegasse a diversos setores, como dos servidores públicos. Realizaram um encontro de cúpula para a campanha Na Copa Vai Ter Luta e impediram todas elas, como nos metroviários de São Paulo.
Com isso, eles combateram por todos os meios a construção da greve geral. A estratégia da Greve Geral assusta todas as centrais e partidos. A primeira manifestação de uma greve geral surgida no calor do Levante ganhou os pontos de ônibus, botequins, bares, padarias, mercados, as estações de trem e metro do país. Logo todos os partidos e centrais se juntaram para impedi-la. A greve geral é estratégia principal da ação direta, de unificação da luta de todos os trabalhadores. Os partidos sabotaram a formação de um comitê intersindical de greve formado por comitês de greves à partir da base para apostar em plenárias de correntes sindicais.
E nas categorias em que as centrais e partidos têm protagonismo tentaram impedir as greves ou fazer com que estas se adéquem ao legalismo, evitando prejuízos ao funcionamento do sistema durante a Copa (como aconteceu na greve dos rodoviários do Rio de Janeiro). Na realidade não é que a palavra de ordem não encontre eco entre os trabalhadores. Ao contrário, ela surgiu deles. Não é que seja impossível. O fato é que governistas e paragovernistas trabalham sistematicamente contra a greve geral. Eles trabalham como bombeiros para evitar que o fogo da rebelião se alastre. Que eles percam o controle. E aí não sirvam para mais nada. Eles são parte dos fatores que dificultam esse processo. Por isso combater a burocracia sindical é tão importante, por isso não basta lutar, é preciso construir o sindicalismo revolucionário como forma de organização de massas.''
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